
É isso o que eu ganho: o que eu perco. Resseco-me, definho-me e reduzo-me a cinzas. Quase me defronto com o nada que sou e por isso volto desesperado para o que não era, volto a ser a mesma ausência de mim, neste corpo que aos poucos desaparece. Dor e desespero se alternam, ainda poderia continuar me matando, insistir em lograr êxito, mas a morte me nega essa cortesia. Porque morrer não acomete quando se quer, mas quando se precisa, e mesmo achando que preciso e talvez não queira, sinto que existir me cabe quase como um vômito. [Cogito, ergo e sumo]
Esse existir dormente dói em mim. Dói a mesma dor que me deixou aqui sozinho. Veja, nem mesmo ela, essa dor miserável, que me levou a mutilar minha própria alma, já não se faz mais presente. Queria que ela estivesse aqui pra ver como dói não sentir dor. Pra ver que o vazio é doloroso, porque empurra, força, e acaba por preencher a alma com uma falta oceânica.
Esse existir dormente dói em mim. Dói a mesma dor que me deixou aqui sozinho. Veja, nem mesmo ela, essa dor miserável, que me levou a mutilar minha própria alma, já não se faz mais presente. Queria que ela estivesse aqui pra ver como dói não sentir dor. Pra ver que o vazio é doloroso, porque empurra, força, e acaba por preencher a alma com uma falta oceânica.
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